quinta-feira, 29 de outubro de 2009

Cap IV

Uma semana se passa, eu tava curtindo cada vez mais o Guilherme. Era bom que saber que cada dia que passava eu o amava mais, mas era ruim pensar que cada dia que passava, era mais perto do dia na viagem. Véspera de da viagem, passei o dia com o Guilherme n Shopping, pegamos cinema, conversamos, comemos, e nos beijamos muito, já era noite e minha mãe já tinha me ligado dizendo que ia vim me buscar. Pois era naquele exato momento que eu tinha que me despedir do Guilherme, iria passar um mês na Espanha, não iria ser fácil, eu ficar um mês longe dele, longe de seu corpo, longe da sua boca, e do seu beijo.

Ele pegou a minha mãe e perguntou se a minha mãe já estava vindo, quando desliguei o telefone. Eu balancei com a cabeça num sinal de concordância.

Ele ficou de frente comigo, olhando em meus olhos, e disse.

_Jura que você não vai me trair com algum espanhol?

_Gui, pare de ser besta lógico que não, eu te amo, e nunca faria isso. – ele da um sorriso da perdição, então eu perguntei – E você? Jura que não vai me trair com nem um viadinho daqui do Brasil?

_ Só se ele for mais lindo do que você – eu fiquei meio assustado, mas depois ele deu uma risada e continuei – Mas eu sei que isso é impossível, eu sei que é impossível existir uma pessoa mais linda do que você.

Eu dou risada, junto com um tapa em seu ombro, ele me puxa e me beija, não recuso o seu beijo, tudo bem que a minha mãe em qualquer hora podia aparecer ali, mas eu não tinha medo quando estava com ele.

Depois de alguns minutos, e nos já estávamos agindo como dois amigos normais.

Minha mãe chega, leva o Guilherme para sua casa, ele se despediu de mim novamente, mas agora com um abraço forte. No momento tive vontade de chorar, só de imaginar que iria ver ele daqui um mês. Maldita viagem, maldita empresa, maldita família, maldito tudo.

Voltamos para a casa, e minhas malas já estavam arrumadas. Marcos, era o nosso motorista. Ele era um cara de 25 anos na época, gostava de malhar, era fronte, e sempre que estava fora do uniforme de motorista, usava camisetas cavadas e apertadas. Não nego que já sonhei transando com o Marcelo, e bati uma bela punheta pensando nele. Era branco, mas com os cabelos negros e os olhos verdes. Alto, com uma voz que parecia um trovão. Seu olhar era de sedutor. Ele me encarava sempre que Guilherme ia em casa, mas eu o ignorava.

Como Joana e outros empregados, Marcelo também dormia em casa, pois sua família era do interior de Minas gerais, ele era muito amigo de meu pai. Meu pai era um homem culto, que amava o sei dinheiro, mas não economizava, uma coisa que ele odiava era miséria. Ele pagava a faculdade de Educação Física para o Marcelo, porem Marcelo teria que trabalhar com a gente como motorista. Marcelo era um filho para o meu pai, dava até o carro e dinheiro para ele ir às baladas.

Lembro de uma vez que entrei no quarto do Marcelo, e encontrei alguns DVDs pornôs. Hetero e Gay, aquilo me deixou exitado, mas sai de seu quarto imediatamente, pois isso era privacidade dele, até hoje ele não sabe que eu sei dele, mas algum dia me der à loca, eu fico com ele de boa, no exato momento, acho que não fico com mais ninguém. Ou talvez nunca mais.

Fui para a Espanha, fiquei um hotel em Madrid, que eu não me lembro o nome. Se eu falar que não gostei da viagem, estará mentindo, pois Madrid é realmente linda, mas poderia ser perfeito se Guilherme estive-se junto comigo. Eu estava numa ilusão com Guilherme, que até uma favela era lindo para mim, se eu tive-se com ele. Nas duas primeiras semanas, passaram rápido para mim, pois aquilo tudo era novidade. Depois cada minuto para mim demorava uma hora, e eu ficava imaginando o que Guilherme estaria fazendo naquele exato momento. Eu entrava no MSN, e ele sempre OFF, mandava e-mails, recados, depoimentos para ele no Orkut, e ele nunca me respondia.

Assim como meu pai falou, e em um mês eu sai daquele tédio, cheguei em casa e a primeira coisa que eu fui fazer, foi ligar para Guilherme, mas ele não atendia as chamadas, quando não desligava na minha cara.

Não entendia o que eu tinha feito para o Guilherme? Eu não tinha ficado com nem um espanhol, mas mesmo se tive-se ficado, ele nunca saberia. Existe uma longa distancia entre Brasil e Espanha, de Indaituba a Madrid.

Uma semana se passa, tentando ligar para o Guilherme a cada 10 minutos, e nada de ele me atender e desligar o telefone, já tinha ficado preocupado com ele. E me perguntava, o que estava acontecendo.

Eu já tinha desistido de falar com o Guilherme, quando uma noite eu no MSN, e ele entra, imediatamente fui fala com ele, mas como se nada tive-se acontecido.

_Oi meu amor, estava morrendo de saudades sua.

_Oi lindo, estou bem e você, esta na Espanha ainda? – ele perguntou

_Não, eu voltei a uma semana, e tentei fala com você essa semana e você me ignorava – depois de alguns minutos ele me responde.

_Eu tava essa semana e meu cel, eu dei para mim mãe. – Não sei como, mas sabia que alguma coisa tinha acontecido, uma coisa que ele não me queria conta. Eu tinha quase certeza que ele estava mentindo.

_Ah tudo bem então, - disse, vi que ele não tava muito afim de conversar, então deixei ele quieto por alguns momentos, até que não agüentei mais e perguntei:

_Por que está tão quieto? – ele demorou um tempo, mas me respondeu.

_Douglas, eu preciso conversar com você. Bem nem sei como disser isso para você, mas, essa sexta-feira eu fui ao sukão. - Sukão era uma lanchonete para o publico GLS, ele freqüentava um pouco aquele lugar, antes de começar a namorar comigo, eu nunca fui naquele lugar. Mas ele dizia que era bom lá, que era legal. Depois que ele começu a namorar comigo, começamos a freqüentar festas, baladas, jantares, do meu nível, da minha classe social. Pois até em tão, eu tinha certa “alergia” de pobre. Você agora deve esta pensando, que menino arrogante, metido e tudo mais. E eu lhe respondo com a mais absoluta certeza. Sim eu ERA um menino, arrogante, metido, e tudo que vocês estão pensando nesse momento.

_E o que tem isso Guilherme? – perguntei, eu confiava nele, dava a minha vida por ele.

_Olha Do, eu te amo e sempre vu te ama, mas um mês sem beija... – nessa hora, eu sabia que ele tinha feito algo, algo que poderia separar nos dois, meu coração começou a bater mais forte. – tinha muito gatinho me dando mole lá, e eu não resisti, e fiquei com um.

Foi nesse exato momento, que lagrimas rolaram pelo o meu rosto sem para. Sabe como que é você sentir caindo, mas o chão nunca chega,parecendo que aquilo vai durar pra sempre? Pois bem, foi assim que eu me senti nesse momento, totalmente sem chão. Ele começou a tentar se explicar, porem euo ignorava completamente. O menino que eu pensava que era um homem, virou uma criança covarde. Para voc~e que esta lendo nesse extao momento esse conto, nunca termine um relacionamento pelo o MSN, isso é o ato mais criança, mais cobarde que existe na vida.

Daquela conversa, só me lembro que ele pediu mais uma chance e eu disse não para ele, e ele falou que um M~s sem beija é muito tempo, e ele estava necessitado, então respondi : “ não preciso dessas explicaçoes inulteis, você me traio, e isso é a prova que você nunca me amou, não vou mais discuti com você”.

Por fora eu estava forte, mas por dentro, completamente destruido.

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