quinta-feira, 29 de outubro de 2009

Cap IX

Mais uma semana se passa, Lucas ainda não me atendia, e Marcelo não tinha muito assunto comigo, nunca mais tinha visto o Guilherme e a a minha rotina era sempre a mesma, a escola pro quarto, aonde eu passava a tarde inteira ouvindo musica, chorando, lembrando dos maravilhosos momentos que passamos juntos. Só de imaginar que Lucas não queria ver mais a minha cara, doía por dentro, que fazia eu chorar cada vez mais.

Era um sábado chuvoso que eu recebi uma ligação da casa do Lucas. Era a sua Sueli. A mãe de Lucas.

_Lucas está aqui em casa agora, por favor, venha tentar conversar com ele.

_Sim, se acalme, que eu já estou indo – Sueli parecia implorar sururus, que me deixou com o coração partido.

Fiquei meio angustiado de pedir ajuda de Marcelo, medo de receber um não na cara, porem tudo isso valeria a pena, a minha ansiedade de falar com o Lucas e implorar pelo o seu perdão, mesmo não sendo culpa minha.

_Você tem certeza? Perguntou Marcelo.

_Absoluta – respondi com total certeza.

_Olha, que não acho uma boa idéia de você ir...

_Marcelo, eu preciso ir, ele tem o direito de saber tudo que aconteceu naquela noite, e alem do mais, sua mãe não pode sofrer por suas burrices.

Marcelo me leva até a casa dele, peço para Marcelo me deixar uma quadra da casa de Lucas, por questão de segurança. Desço, e vou até a casa do Lucas, durante o caminho, comecei a sentir um frio na barriga, o medo fazia o meu coração acelerar, eu estava ciente de tudo que poderia ocorrer naquela noite, estava preparado para todas as perguntas, e toda a reação que poderia presenciar na parte do Lucas.

Avisto Sueli andando de um lado para o outro na garagem, com o telefone nas mãos, aparentemente aflita, chego perto, e ela abre o portão rapidamene, e me abraça forte. Entramos em silencio pela a porta da sala, aonde consigo avistar Lucas deitado no sofá, com uma bermuda verde, e camiseta branca.

_Caralho mãe, por que fica entrando e saindo dessa porra de casa – Grita Lucas totalmente agressivo no tom. Ele olha e me avista imediatamente se levanta e pergunta: - O que ele esta fazendo aqui?

_Lucas eu achei... – então explicar sua mãe, enquanto eu olhava fundo em seus olhos, e tentava buscar respostas, para sua agressividade.

_ O que ele está fazendo aqui?- pergunta de novo, dessa vez gritando.

_Lucas nos precisamos conversar – digo, tentando começar a esclarecer tudo que avia acontecido aquela noite.

_Eu não tenho nada para conversar com você... – Disse entrando em seu quarto, saio correndo em direção a ele, tentando impedir que ele se troca no seu quarto. Mas quando chegou até a porta, já era tarde, ele já tinha batido a porta, tento abrir, mas já estava trancada, chamo pelo seu nome por algumas vezes, dou alguns muros na porta, mas nada adiantava, ele não respondia nada. Foi quando eu tomei a decisão de me confessar a ele, sobre a porta do seu quarto.

_Lucas, eu sei que nessa ultima semana, eu não fui um ótimo namorado, eu tenho o direito de me explicar, pois o que você viu no dia da festa, foi totalmente engano. Guilherme era o meu ex, hoje em dia, eu tenho nojo dele, agora, ainda mais, ele me beijou a força, pois, você sabe o quanto eu gosto de você cara. _ eu virei de costas para a porta, e fui sentando vagarosamente, apoiando-me na porta. Quando olho na estante que avia alguns metros de seu posta, avistando porta retrato, um ele com Pietro, um do lado do outro, como grande amigos, outro ele com Rafael, tinha quase certeza que aquela foto tinha tirado o dia que o vi pela a primeira vez, Lucas ainda estava com uma cara de moleque, com a mesma roupa que tinha avistado dia no shopping com as amigas, Lucas estava com uma camiseta cavada, nos ombros uma blusa listrada verde. Perfeito! Assim como eu lembro aquele dia, quando eu tinha apenas 14 anos, e já estava amando o Lucas platonicamente.

_Todo mundo erra Lucas, e todos tem o direito de se explicar e argumentar o erro. – disse olhando para os dois retratos que me chamou atenção. – Olha, mas eu não to aqui para implorar para voltar com você, pois, eu sei que você não quer me ver nem pintado de ouro, mas sim, explicar, que sua mãe, não tem nada a ver com a nossa briga, você não precisa ficar agressivo com ela, ela... A mulher que te criou, e fez de você, o homem honesto e corajoso que você é hoje, a mulher que te acolhei em noites de medo, e que sempre teve dois papeis em sua vida que depois que seu pai faleceu... Coisa que eu nunca vou ter, pois minha mãe só quer ficar no shopping fazendo compras e meu pai trabalhando. – Nesse momento, deixo lagrimas rolarem pelo meu rosto, pois eu sentia, e até hoje sinto, falta do carrinho dos meus pais. – Ela não merece que o trata assim.

Olho para Sueli, que também estava chorando silenciosamente.

_Lucas... pense muito bem no que você está fazendo com a sua mãe, caia na consciência cara - Minhas lagrimas, iria fazer a qualquer momento soluços aparecer por de trás do meu choro. – Quero que saiba muito bem o que está fazendo com ela, e com os outros que o ama.

Eu me levanto, eu dou um abraço apertado em Sueli, que me leva até a porta, eu saio da casa do Lucas, com os olhos tudo vermelho, ou indo em direção ao carro, quando ouso o meu nome. Imediatamente olho para trás, é era Lucas correndo atrás de mim, na hora, fiquei parado igual uma estatua, não sabia qual era a reação dele, se ele iria me bater, ou me chutar. Ele chega em mim rapidamente, me puxa pelo os braços e diz num tom claro.

_Eu te amo japinha – Ele me puxa e me beija. Como é bom sentir o beijo da pessoa amada, como é bom você amar uma pessoa e sentir que ela te ama também. O chuvisco vira uma chuva, mas nada impedia de eu beijar ele naquele exato momento, o beijava com gosto, sua língua o encontrava na minha constantemente, ele puxava meus lábios com os dentes, me levando ao espaço, aquele beijo, sempre vai ficar na minha memória, nunca vou esquecer-me daquele momento HollyWood que estava vendo.

Ele parou de me beija, e nos ficamos ali, tomando chuva, agarrados, encostando testa com testa, eu chorava e ele também, mas não de dor ou tristeza, e sim de felicidade. Felicidade de estar de novo, relando o meu amor.

Um comentário:

  1. Ai que fofo e gostoso um beijo na chuva!!!!
    E ainda o playboysinho que expõe toda sua tristeza por não ter amor suficiente em casa dos próprios pais, e que está buscando nos branços do seu amado e salvador da solidão e da futilidade soberba que ele se encontra afogado!!!!
    Só amor para transformar esse douglas..... Eu espero pelo menos.

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