quinta-feira, 29 de outubro de 2009

Cap XIV

15 dias se passam, e Lucas vai para o hospital, junto com a sua mãe, não pode ir junto, pois estava em aula de manha. Durante a aula, meu pensamento sempre era o Lucas, estava com os dedos cruzados torcendo pelo Lucas não ter nada, as dores fortes de cabeça. Eram coisas normais da idade.

Saio da escola, e imediatamente ligo para o Lucas, mas ele ainda estava na clinica. Vou para a casa e descanso um pouco. Eram umas 14 horas, quando Sueli liga para mim.

_Douglas... – Disse ela tentando esconder o seu choro, mas quando ela disse o meu nome, sabia que avia acontecida alguma coisa de grave.

_Oi... Aconteceu alguma coisa - perguntei, me preparando para a resposta.

_Sim, muito seria – Um ar gelado passa por mim estranhamente. Gozado, a janela do meu quarto não estava aberta, e até hoje eu não entendo o que desse vento gelado sobre mim. Só escuto Sueli chorando, sabia que algo ruim tinha acontecido, e com medo de ouvir o que ela tinha para me falar, nesse momento, passou varias coisas em minha cabeça. Até a morte de Lucas. – Fala logo... O que o Lucas tem? – Gritei, meio sem educação da minha parte, acreditava que era só daquela maneira dela falar o que tinha acontecido com ele, alem do mais, estava nervoso quanto ela.

_O Lucas estava com câncer no sangue... O Lucas está com leucemia. – Essas foram as ultimas palavras que ouvi, lembro de ouvir um barulho forte no chão, e a minha visão totalmente preta.

Acordo com uma forte dor de cabeça, quando abro os olhos, o teto estava totalmente branco, percebi na hora que não estava em casa, pois o teto do mau quarto, não era branco e sim azul claro. Esfrego os meus olhos, e tento me levantar, percebo que estava numa cama de hospital.

_Graças a Deus você acordou – Disse a minha mãe segurando a minha mão, e me dando um forte abraço apertado.

_Mãe... o que estou fazendo num hospital ? – Perguntei.

_Você desmaio, Marcelo te encontrou caído no show do seu quarto e trouxe direto para cá, me ligou e eu vim o mais rápido que pude para conversar com o clinico que te atendeu. Ele disse que a seu preção arterial caio muito rápido, causando o desmaio... Marcelo encontrou o seu celular caído no chão, alguns metros de distancia de você. O que aconteceu? – perguntou. Não tinha palavras, imediatamente comecei a chorar. Minha mãe não sabia o que fazer, e pelo o qual motivo eu chorava. Eu simplesmente chorava.

_O que aconteceu Douglas – Perguntou minha mãe mais uma vez, desta vez, com um ar preocupado, talvez que toda a mãe tem.

_ O Lucas... Está... Com... Leucemia - Disse entre soluços e lagrimas, Minha mãe sempre teve um carinho enorme para Lucas, lembro-me da sua cara de espanto ao receber a noticia. Ela não sabia do meu caso com o Lucas, porem, sabia que, ele era como um irmão para mim. Mas para mim, ele era bem mais do que um simples irmão, ele era o meu namorado.

Peço para minha mãe emprestar o seu celular para eu conversar com ele, pergunta como ele estava, mas ela nega, disse que eu estava ainda em choque, e que esse assunto não era para ser tratado em uma ligação de celular.

Fico a tarde inteira no hospital, assistindo TV, lembro que o hospital não tinha TV a cabo, como em casa, então fiquei assistindo a globo, a sessão da tarde estava passando High School Musical, eu não gostava, mas não tinha outra coisa para assistir, foi quando eu comecei a prestar atenção nas letras das musicas, e o Lucas vinha em peço na minha cabeça, em algumas musicas, chegava a chorar, lógico que discretamente, pois o que a minha mãe iria pensar de mim se eu chora-se em um musical infantil.

Já eram 18 horas quando eu tenho alta do hospital, vou para a casa e ligo para o Lucas, porem, Sueli atende o celular e disse que Lucas estava dormindo, pois estava muito cansado, e um pouco nervoso da noticia que tinha recebido naquela manha.

Sem jantar, eu adormeço.

Naquela mesma noite eu tive um pesadelo, talvez o pior de pior do que o primeiro. Em vez de eu ver Lucas tomando um tiro, agora eu vi o Lucas num caixão, eu chamava pelo o seu nome, o sacudia, mas nada adiantava. Acordo rapidamente, gritando, mas ninguém me ouviu, acendo o abajur e vejo que era somente um pesadelo. Esfrego meus olhos, e volto a dormir.

Depois de uma noite, aonde dormi mal pra caramba, não vou para a escola, minha mãe compreendia o por que de eu não ir para a escola, estava sem cabeça. A única coisa que eu pensava era o Lucas, que sempre vinha acompanhado por lagrimas. Logo de manha, vou ara a casa do Lucas, minha mãe, como toda primeira segunda-feira do mês, foi para São Paulo, resolver assuntos do meu pais. Como sempre, restou mais uma vez o Marcelo para me levar para a casa do Lucas. Chego lá, eu o chamo, mas ninguém vem me atender, então tomo a liberdade de entrar na casa.

Por sorte a porta estava aberta, entrei, procurando por Lucas, mas na sala não avia ninguém, fui até a cozinha, que estava fazia, a porta do quarto do Lucas estava fechada, porem, não trancada, quando eu abri a porta, e avistei Lucas deitado na sua casa, co um olhar fixo ao chão.

Calmamente, chego perto dele, e reparo que seus olhos estavam vermelhos e inchados, sua respiração estava ofegante.

_Lucas... – falo, ajoelhando do seu lado, e pegando a sua mão, mas nada adiantava seus olhos ainda estava fixo ao chão. – Lucas... Fala comigo- Ele não respondia nada, lagrimas rolaram pelo o meu rosto. Sua mãe estava gelada, e ele tremia por inteiro.

Passo as mãos no meu rosto, tentando pensar em algo para chamar a sua atenção, porem, nada passava pela a minha cabeça. Até quando me viro, e vejo um frasco de remédio aberto, e jogado no chão, só com algumas pirulhas. Rapidamente cato.

_Lucas... Você bebeu todo esse remédio? – pergunto. Mas uma vez ele não me respondeu. Deixo-o sozinho, e saio correndo, chamava gritando pelo o Marcelo. Ofegante, falo que Lucas tinha tomando todo o remédio, se ele não fosse para o ponto de socorro imediatamente, iria morrer.

Marcelo entra correndo na casa, e vai para o quarto de Lucas, aonde continua do mesmo jeito, tremendo, gelado, e com o olhar fixo ao chão. Marcelo o pega no colo, Lucas estava completamente mole,com consciência, porem ainda acordado. Vou até o carro e abro aporta de trás, aonde Marcelo coloca o Lucas deitando, corro até a porta da sala e a tranco. E Sigo para o carro desesperado, sento n banco da frente, e em alta velocidade, Marcelo segue para o hospital, que ficava no centro da cidade. No meio do caminho, percebi que Lucas fechava os olhos, e abria constantemente.

_Ele esta quase desmaiando – Grito.

_Vai para o banco de trás e não deixa ele dormir. – Disse Marcelo, me dando uma garrafinha de água. - Vai jogando no seu rosto quando ele não responder, talvez adiante. Nunca vi fazerem isso, mas na hora do desespero passa um monte de coisas na minha cabeça. E afinal de contas, Marcelo estava se formando em educação física, alguma coisa ele saberia fazer.

Foi assim, eu acordava o Lucas toda vez ele fechava os olhos, eu o acordava. Chegamos no hospital, Marcelo pega o Lucas no colo e sai correndo para a recepção. Lucas tinha acabado de desmaia.

_Eu preciso de um médico agora – Disse o Marcelo com Lucas em seus braços, e eu do lado.

_Tem que aguardar a sua vez – Disse a enfermeira, como se Lucas estive-se com uma simples gripe normal. Não sei o que passou na minha cabeça nessa hora, sem pensar em nada. Pulei naquela balcão, com as mãos aberta pegando no colarinho da camisa da enfermeira.

_Ele tomou um frasco de remédio está entendendo? – Minha vontade era de bater naquela mulher, mas não fiz isso, pois ela entendeu rápido. Ela fez que sim com a cabeça, com uma cara assustada, soltei, e desci do balcão, ela pega o telefone, digita alguns números, e em seguida, fala uns números, que eu não sei o que significa. Segundo depois, alguns médicos e enfermeiros chegam com uma maca. Marcelo o coloca, e eles o empurra, e eu o sigo, do lado da maca, até eles entrarem em uma sala, aonde um medico impede a minha entrada.

_Não mocinho, aqui o senhor não pode entrar, aguarde ali na sala de espera.

_Mas... – Marcelo pega eu pelo o braço, e me puxa calmamente.

_Douglas... a Melhor coisa que temos a fazer, é esperar e rezar para que nada de mal aconteça com o Lucas.

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